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terça-feira, 31 de julho de 2018

Egito constrói, em pleno deserto, a maior fazenda solar do mundo

Egito constrói, em pleno deserto, a maior fazenda solar do mundo

A previsão é de que, até 2019, esteja concluído o complexo de 30 usinas que ajudará o país a fazer a transição de energia de combustíveis fósseis para fontes verdes

31.07.2018 | RAFAEL CARNEIRO | RAFAEL CARNEIRO

(FOTO: GETTY IMAGES)

O Egito será casa da maior fazenda solar do mundo. Localizado a 650 quilômetros ao sul da cidade do Cairo, o parque solar deve ser inaugurado no ano que vem, causando uma importante mudança na produção de energia do país. Atualmente, o Egito tem mais de 90% de sua eletricidade proveniente do petróleo e do gás natural. O governo prevê que até 2025 consiga obter 42% da eletricidade a partir de fontes renováveis.

O local não fica longe de onde nasceu um sonho solar em 1913, pelas mãos do americano Frank Shuman. Para aproveitar o forte sol egípcio, ele construiu nos arredores de Cairo aquela que pode ser considerada a primeira usina térmica solar do mundo. Na época, a energia gerada chegava a bombear 6.000 galões de água do rio Nilo, o principal do país, para irrigar um campo de algodão próximo dali. A criação, porém, “foi por água abaixo” no período da II Guerra Mundial, quando houve a descoberta do petróleo barato.

De volta a 2018, as autoridades egípcias têm falado bastante do potencial do setor de energias renováveis do país, principalmente porque visam a geração de empregos e um grande crescimento. Além disso, desejam reduzir as emissões de gases na atmosfera. Recentemente, a capital Cairo foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda cidade mais poluidora do planeta.

O complexo será operado por grandes empresas de energia do mundo e deve gerar até 1,8 gigawatts de eletricidade. Isso é o suficiente para abastecer centenas de milhares de residências e empresas. O local contará com um total de 30 usinas solares. A primeira delas começou a funcionar em dezembro e já emprega 4 mil trabalhadores.

Crise energética
O fechamento de fábricas e de estabelecimentos comerciais em geral devido a blecautes prolongados foi um dos motivos que levaram a população egípcia às ruas em 2011. A consequência dessa insatisfação social foi a destituição do presidente Mohamed Morsi, em 2013.

Hoje, a população não enfrenta mais interrupções energéticas, mas o Egito - antes um exportador de gás - precisa importar gás natural liquefeito, o que é caro, para atender a 96 milhões de habitantes. A expectativa é que a demanda por energia mais que dobre até 2030, de acordo com Victoria Cuming, da Bloomberg New Energy Finance.



BNDES ABRE LINHA DE CRÉDITO PARA PESSOA FÍSICA INSTALAR ENERGIA SOLAR

BNDES ABRE LINHA DE CRÉDITO PARA PESSOA FÍSICA INSTALAR ENERGIA SOLAR



Para quem não aguenta mais ficar refém das empresas de energia elétrica e busca por uma forma uma forma sustentável de alimentação de energia, eis a boa notícia: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) agora permite que pessoas físicas também financiem suas próprias estruturas para aquecimento e cogeração solar, a exemplo de placas fotovoltaicas e geradores a biogás.

Quem se interessar pode abrir uma linha de crédito de até 80% do valor dos itens por meio do Fundo Clima, com um teto de até R$ 30 milhões por beneficiário a cada 12 meses. Os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente por meio de bancos públicos. O financiamento conta com uma carência de três a 24 meses e prazo máximo de 144 meses, com vigência para adesão até 28 de dezembro de 2018.

Entre as vantagens apontadas pelo BNDES estão a redução nos gastos com a conta de luz e a conversão do excedente não utilizado em créditos. E, claro, há também a garantia de que o abastecimento pode ser mantido mesmo quando há interrupção do fornecimento normal.

Taxas e exigências

Seja para as pessoas físicas ou jurídicas, o custo do Fundo Clima é de 0,1% ao ano para renda anual de até R$ 90 milhões e a remuneração do BNDES é de 0,9% ao ano. Acima de R$ 90 milhões, o primeiro item segue a 0,1% e o segundo vai para 1,4% ao ano.

A remuneração dos agentes financeiros é limitada até 3% ao ano. Uma vez aplicada a remuneração máxima definida pelos bancos públicos, as taxas finais passam a ser de 4,03% ao ano para renda anual até R$ 90 milhões e de 4,55% ano para renda anual superior.

Para saber mais e tirar dúvidas, acesse o site do BNDES.


quinta-feira, 26 de julho de 2018

Mineral Perovskita pode baixar preço dos painéis solares fotovoltaicos

Perovskita é um mineral raro na forma de cristais ortorrômbicos, sendo também um material de fácil condução e tudo indica que poderá fazer baixar os preços dos painéis solares fotovoltaicos.


Um pouco por todo o mundo, investigadores têm recorrido a este mineral para avaliar, teoricamente, se tem boas condições para poder ser aplicado na prática para o desenvolvimento de novos painéis solares.

É que os testes demonstraram que as células solares de perovskita são eficientes (rendimentos superiores a 22%), rivalizando com as tecnologias fotovoltaicas convencionais de capa fina (cobre-índio-gálio-selénio, CIGS e telúrio de cádmio, CdTE).

Sendo que o principal desafio passar por transferir a inovação que a tecnologia de células solares perovskita sofreram nos últimos anos, desde a nível celular até uma tecnologia proveitosa, estável e de baixo custo a nível do painel solar!

Esta é uma inovação que já vem sido falada desde há meses, quando uma equipa da Universidade de Córdoba, conseguiu estabilizar durante mil horas células solares perovskita. Para isso incorporaram um catião, guanidina (que permitiu prolongar o tempo de vida útil deste tipo de células, bem como reduzir o preço, mantendo-as tão eficientes quanto as células à base de silício).

Investimento a Nível Europeu nesta Tecnologia

Depois de vários estudos, também o consórcio europeu ESPResSo (que é um consórcio que estuda estruturas eficientes e processos que permitam usar perovskita nos painéis solares com grande confiança) se comprometeu a seguir este trajeto de investimento.

Assim, pretendem que o rendimento destas células solares cheguem ao seu limite teórico, conseguindo uma eficiência acima de 24% (em 1cm2) e uma degradação da eficiência em menos de 10% aquando de stress térmico a 85º, com humidade relativa de 85% durante mais de 1000 horas.

Outro objetivo passa por criar as células solares de perovskita no local, sendo que a Fraunhofer, que pertence ao consórcio ESPResSo, já conseguiu células com um recorde de eficiência de 12,6% através desse método de produção.

celulas solares perovskita
Células solares de Perovskita

Benefícios da Perovskita

O recurso a perovskita pode reduzir o número de passos exigidos atualmente na produção de células de silício. Sendo que com este mineral seja possível criar primeiro o painel solar e só depois no local encher o mesmo com perovskita, e é esse o objetivo de vários estudos do consórcio ESPResSo.

O teste bem-sucedido realizado pela Fraunhofer, em que conseguiram a eficiência de 12,6% com uma célula solar produzida no local, é o primeiro passo em direção à possível produção em massa destes painéis solares.

O objetivo do projeto passa assim por desenvolver capas de elétrodos nanoporosas para produção da deposição interna e acoplamento dos cristais de perovskita, otimizando a homogeneidade do processo e conseguir eficiências solares elevadas nos painéis produzidos. A grossura de tais capas fotovoltaicas será inferior a um micrómetro.

O segredo do processo passa pelo controlo da deposição dos elementos cristalizados de perovskita dentro do elétrodo nanoporoso, que é composto por óxidos de metal e grafeno micronizado. Até agora os processos utilizados levavam ao crescimento descontrolado de cristais, mas graças às investigações da Fraunghofer, conseguiu-se encontrar uma forma de converter a perovskita num sal fundido à temperatura ambiente junto com um gás polarizado.

E desse modo é que se conseguiu encher os poros do elétrodo. A dessorção final do gás aumenta muito aquando do ponto de fusão, provocando a cristalização. O resultado acaba por ser um processo de crescimento homogéneo!

Eficiência das Células Solares

Até ver a eficiência que se conseguiu obter em laboratório foi de 12,6%, um valor bom, mas que se espera melhorar, especialmente devido ao facto de a perovskita ter demonstrado eficiência de 22%.

Ao se recorrer grafito de baixo custo e devido à síntese fácil do mineral perovskita, os custos dos painéis solares tenderão a baixar futuramente.


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